segunda-feira, 2 de março de 2015

Na estrada pra Sirdal


A estrada que sai de Stavanger e vai para Sirdal, um vilarejo muito conhecido por ser também uma estação de esqui, é um dos meus destinos favoritos por aqui.  E já falei sobre ela num post anterior: “Fazendo novos amigos  e  conhecendo o Lysefjord”. E vou falar de novo rsrsrsr

Esse é o lugar onde levamos todos os visitantes que recebemos por aqui, de forma a “iniciá-los”  na Noruega. E vocês vão entender por quê.

Em primeiro lugar, quando você sai da cidade e começa a percorrer a estrada, sente o quão pujante é a natureza por aqui e o quanto ela se manifesta de maneiras diferentes com o passar das estações do ano. Costumo dizer que nessa estrada temos tanta coisa bonita pra ver que o mais difícil é chegar a Sirdal, tal a quantidade de lugares pra visitar ao longo do caminho.

Bem, pegando a E39, vamos dirigindo até Algard, que fica ainda bem próxima de Stavanger. Passando Algard, você já vai encontrar a saída para Sirdal, pegando a 45. É aí que começa o verdadeiro passeio!

Fico tão maluca com o visual que preciso parar toda hora pra tirar fotos. Quando estou de carona vou clicando do carro mesmo e tentando registrar o que é possível.




Essas fotos que verão abaixo são de várias estações diferentes do ano: eu de carona com Glauko e Flavinha, eu dirigindo na neve com Alexandra, eu dirigindo com a Isadora e depois levando a Luisa pra passear.










Nos primeiros quilômetros da 45 e já começando a subir as montanhas, a gente descortina um dos visuais mais lindos do caminho, já “cantado em prosa e verso” por mim em outro post: o Lysefjord. 

Olha a quantidade de fotos que temos lá de cima em diferentes dias e estações...Não canso de admirar...


Abaixo passeando com a Flavia e o Glauko



Com a Luisa





Um pouco mais à frente, entrando pra esquerda (há indicação nas placas), você pega a estradinha que vai dar em Manafossen, uma cachoeira lindíssima, cercada de outras tantas quedas d’água nas montanhas. Tenho lembranças muito gostosas do dia que passei lá com a Flávia, o Glauko e o fofo no Nic. Levamos um farnel e fizemos um picnic numa linda mesa de pedra natural às margens de um rio num dia gelado de Verão. 







Atenção só é mesmo possível chegar até esse lugar onde você inicia a subida para ver a cachoeira,  durante o Verão. No Inverno, a estrada fica fechada por questões de segurança.

E não é muito fácil chegar até a cachoeira porque são pelo menos 20 minutos de subida bem íngreme e escorregadia, já que como nessa região chove muito, o caminho está sempre encharcado. Nas áreas mais perigosas, existem umas correntes para que você consiga se segurar e escalar com mais facilidade. Agasalhe-se bem, vá com sapatos adequados para tracking e não esqueça as luvas. Prepare-se porque é lama pra todo o lado.

Mas quando se chega lá no topo, você percebe que o esforço valeu à pena. São várias quedas d’água e a Manafossen reinando soberana no meio da mata.



Voltando pra 45, temos uma parada obrigatória de beira de estrada chamada  Byrkjedalstunet, que é um pequeno complexo que reúne uma pousada, um restaurante e uma loja linda (e cara) que vende de tudo um pouco: velas, roupas, souvenirs , guloseimas, enfeites de Natal etc 



Abaixo, passeando com a Alexandra






Sempre tomamos um chocolate quente com marshmallow ali e aproveitamos pra esticar nossas pernas vendo as curiosidades do local.








A partir desse ponto, temos duas possibilidades: voltar  pra mesma estrada e seguir em direção a Sirdal ou tomar a estrada da direita que nos leva a Gloppedalsura e Ytra Vinjavatnet. Ambas opções são espetaculares.

Para Sirdal, continuamos subindo, até chegar à estação de esqui.





Seguindo pela outra estrada, passamos por Gloppedalsura, que já mencionei aqui (que em norueguês quer dizer aglomerado de seixos que foi formado por uma avalanche de rochas que se acumularam ao longo de milhares de anos) e depois por uma sequência de paisagens de tirar o fôlego contornando o lago de Ytra Vinjavatnet e chegando novamente até a E39 retornando a Stavanger.















Como disse, o difícil é chegar até Sirdal, tal o número de atrações (ou distrações) turísticas que encontramos nessa estrada.

Tire um dia inteiro pra fazer esse passeio e aproveite o cenário em qualquer estação do ano porque uma coisa é certa: você não vai se cansar de passar por ali pra conferir que no dia que “Deus criou a Noruega”, ele devia estar muito inspirado!

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