Por recomendação do nosso amigo Rolf,
planejávamos há tempos um pequeno passeio ao sul de Stavanger até Sokndal.
Finalmente essa viagenzinha de mais
ou menos duas horas, aconteceu num lindo Domingo de sol e muito frio e levando
na bagagem uma amiga muito querida, que por sua vez, levava de bagagem uma
barriga de mais de 7 meses, que hoje se chama Valentina!
Conforme planejado, não fomos pela E39,
que é a estrada principal e mais rápida. Optamos pela 44, que vai beirando o
mar e passa por vilarejos como Kleppe, Bryne, Naerbo, Varhaug, Vigrestad, a
cidade de Egersund, Hauge e finalmente Sokndal e Heleren, no Jøssingfjord.
Tenho a impressão que todas as
estradas na Noruega são deslumbrantes porque mal consigo dirigir de tanta vontade de fotografar cada paisagem. E são tantas!
Nossa primeira parada foi nesse
pitoresco recuo, onde aproveitamos pra comer nosso farnel – se vai viajar, leve
alguma coisa pra comer e economize tempo e $$!! Esse é meu lema!
Passamos por dentro de Sokndal, uma
graça de vilarejo, coberto de neve e charme e rumamos para o final do Jossingfjord por uma
estradinha sinuosa, com um visual
espetacular e onde só passava um carro por vez.
Nosso objetivo era ver umas casinhas
que ficam sob a rocha em Helleren e que datam do início do século XIX. Essas casas foram abandonadas em 1920, quando
a primeira estrada até o local foi construída e até hoje conservam as
características da época, quando eram habitadas por famílias pobres: fazendeiros, criadores de ovelhas ou pescadores.
As fotos abaixo são do Verão, retiradas da Internet
Aliás, essa enseada em Helleren
guarda muita história. Ficamos sabendo que foi ali também que na II Guerra
Mundial, os aliados capturaram um navio nazista que transportava prisioneiros
de guerra.
O lugar tem mesmo “vida própria” e
parece intocado pelo tempo. A natureza transpira exuberância em cada canto do
fiorde. Nossa vontade era continuar na estrada até o fim e descortinar novas
paisagens a cada curva...mas precisávamos dar meia volta. Era hora de regressar
com aquela sensação gostosa de quem respirou novos ares e conseguiu conhecer mais um “pedacinho
do céu”.
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