quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Fazendo novos amigos e conhecendo o Lysefjord

  
Junho/2014

Pra quem vive se mudando de país e precisando se adaptar em novas terras, o advento das redes sociais foi um dos melhores benefícios trazidos pela era digital. Já havia sido assim na Austrália, onde boa parte das minhas amizades veio através das redes e do blog de Perth.Aqui na Noruega não foi diferente. Fui apresentada via Facebook para amigas de amigas, e, de onde acabaram nascendo fortes laços de amizade.

Essas pessoas foram ( e são ainda) muito especiais pra nós. Somos muito gratos e jamais esqueceremos todo o interesse, gentileza e dedicação com dois estranhos, apenas bem recomendados, mas estranhos.

Quando se é recém-chegado, há um sentimento de carência, uma necessidade de informação, de aceitação, de socialização.  Nossos amigos foram incansáveis e solidários! Sem eles não teria tido a menor graça e tudo teria sido tão mais difícil! Vocês vão me ouvir falar deles toda hora. rsrsrsr 

Nosso primeiro passeio foi com um desses casais pela estrada que leva a Sirdal, uma estação de esqui bem próxima de Stavanger. Não chegamos até lá, mas o caminho tem paisagens espetaculares.

Foi nessa estrada que avistamos pela primeira vez a magnitude de um fiorde, o Lysefjord.



Aliás, sempre achei que os fiordes eram as formações rochosas altíssimas, mas olha o que descobri, segundo definição do wikipedia:

"Fiorde é uma grande entrada de mar entre altas montanhas rochosas. Os fiordes situam-se principalmente na costa oeste da península escandinava onde são um dos elementos geológicos mais emblemáticos da paisagem, e têm origem na erosão das montanhas devido ao gelo."


Bem, dúvidas à parte, só foi uma pena o tempo não ter colaborado. Mas gostei tanto que depois voltei a essa estradinha muitas vezes, com céu azul e  também com neve.  E no Lysefjord nem se fala!  Já voltei por mar, por terra  e pela estrada. É tão lindo que a gente não se cansa de ver por todos os ângulos.

Depois dessa visão, paramos pra um café num restaurante que fica bem na beira da estrada. 

Ao lado, tem uma loja gigantesca de souvenirs, presentes, roupas de Inverno, velas lindíssimas, guardanapos e doces e geléias. Mas tudo caríssimo, as usual.






Do lado de fora tem várias casinhas de madeira com grama plantada em cima do telhado. Os noruegueses se orgulham de sempre tentarem viver em harmonia com a natureza – e um dos maiores exemplos disso são as casas cobertas de plantas.

O processo para fazer com que essas plantas cresçam é um pouco mais complicado do que meramente jogar sementes. Primeiramente, casca de bétula é colocada em cima dos telhados. É um material muito resistente e encontrado em todos os cantos do país. 
Depois camadas de turfa são colocadas e cobrem as cascas de bétula.A camada de turfa precisa ser muito grossa – se for mais fina do que 20 centímetros, o material não agüenta um dia quente de verão. E o teto precisa ser muito resistente já que, quando chove, a turfa pesa 80 quilos por metros quadrados.

E sabe de uma coisa? Os noruegueses não fazem isso por mera estética. A turfa acaba protegendo a casa do calor no verão e das tempestades de neve no inverno. Não são fofas?






Abaixo, eu e os TROLLS *

*O Troll é uma criatura antropomórfica imaginária do folclore escandinavo. São descritos tanto como gigantes horrendos – como ogros – ou como pequenas criaturas semelhantes a goblins. Diz-se que vivem em cavernas ou grutas subterrâneas.Na literatura nórdica, apareceram com várias formas, e uma das mais famosas teria orelhas e nariz enormes. Nesses contos também lhes foram atribuídas várias características, como a transformação dessas criaturas em pedra, quando expostas à luz solar.



E não acabou não. Eles também colocaram dois bodes dentro de um cercadinho pra entreter a criançada. Os bodes vivem brigando!



Bem, depois dessa curiosa parada - como a gente aprende coisas quando viaja! - seguimos de carro para um lugar chamado Gloppedalsura, que em norueguês quer dizer aglomerado de seixos que foi formado por uma avalanche de rochas (que é o que não falta na Noruega) que se acumularam ao longo de milhares de anos. Algumas pedras são tão grandes como casas. É bem impressionante mesmo!









Dali pegamos a estrada de volta e o nosso dia acabou em pizza, literalmente. O saldo? Alegria pros olhos e amizade pro coração!


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